23 de abril de 2010

Noites de angústias espetaculares,
Sonhos terríveis, torturantes dores,
Febris gemidos, fétidos odores,
Ondas gigantes de ferozes mares.

Imensos túneis, sinistros lugares,
Monstros marinhos estarrecedores,
Serpentes negras, infernais horrores,
Astros em chamas caindo aos milhares.

O medo toma conta do meu ser;
Fantásticas visões, não quero ver
Nenhuma delas, nenhuma sequer...

Curai-me, ó Deus, curai-me dessa dor,
Dai-me o remédio que se chama amor,
Dai-me uma ardente boca de mulher!

Carlos Eduardo Drummond